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Jornal de Brasília: Outubro Rosa: Recomeçar realiza exposição de fotos de mulheres que superaram o câncer de mama

Mostra acontece entre os dias 02 e 31 de outubro no Senado Federal, Palácio do Buriti e Câmara Legislativa do DF

O mês de outubro está chegando e com ele uma causa muito importante: a conscientização sobre o câncer de mama. Dentre os dias 02 e 31, a Associação Recomeçar fará uma exposição de fotos de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, no Senado Federal, Palácio do Buriti e Câmara Legislativa do DF. O intuito é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

A Recomeçar é uma associação de mulheres mastectomizadas de Brasília, sem fins lucrativos, que atua principalmente na articulação de políticas públicas e promoção do controle social para garantir a celeridade em processos que proporcionam a reabilitação de mulheres afetadas pelo câncer de mama que são tratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde 2011, a Recomeçar mobiliza ações com autoridades públicas para estabelecer o cumprimento dos direitos constitucionais em apoio às mulheres vítimas de câncer de mama. No Congresso Nacional, a Associação liderou por mais de dois anos a conquista da Lei Federal Nº 12.896/2019, que prevê um prazo máximo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico do câncer no SUS quando houver suspeita médica da doença. Esta é uma Lei ampla que beneficia não somente mulheres, como todas as pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde para o diagnóstico e tratamento.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, com 23% dos novos diagnósticos identificados dentre todos os gêneros da doença. No Brasil, estima-se a ocorrência de 704 mil novos casos de câncer entre o triênio de 2023 e 2025, com 74 mil casos de câncer de mama para cada ano.

O câncer é uma doença silenciosa e avassaladora. A conscientização e o acesso à informação faz total diferença para a descoberta do diagnóstico, como foi o caso de Cintia Cerqueira, 42 anos, diagnosticada em 2018. “Durante uma campanha do Outubro Rosa realizei um autoexame e percebi um caroço na axila. Logo iniciei o tratamento e dias depois, tive um derrame cerebral, contatando uma metástase cerebral ocasionada pelo câncer de mama. Hoje estou bem, aprendi que a vida se vive a cada dia”, afirma.

Neste ano, a exposição Fotográfica Outubro Rosa 10 anos rememora todas as mostras anteriores já realizadas no Congresso Nacional, entre os anos de 2013 e 2022. O intuito é trazer informação e sensibilizar a sociedade para uma causa tão importante, além de demonstrar força e apoio às mulheres que passam pelo momento de enfrentamento da doença e de reinserção social. A mostra retrata 12 mulheres que tiveram em comum o diagnóstico, com imagens comoventes de histórias que refletem jornadas incríveis de mulheres que enfrentaram o câncer de mama.

A Exposição acontece em dois formatos, de forma simultânea, com quadros no Espaço Senado Galeria no Senado Federal e também totens no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O projeto conta com o apoio Institucional da Procuradoria Especial da Mulher no Senado, Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Comissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil, Comissão de Saúde, Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer, Frente Parlamentar Mista da Saúde, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal e FEMAMA.

Cronograma
02 a 13 de outubro – Salão Branco do Palácio do Buriti.
16 a 31 de outubro – Câmara Legislativa do Distrito Federal.
02 a 31 de outubro – Espaço Senado Galeria no Senado Federal. Haverá abertura dia 18/10 às 18:00

Depoimentos e Personagens

Deputada Federal Sílvia Cristina

Deputada Federal, presidente da Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer, relatora da Comissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil e vice-presidente da Comissão de Saúde. Autora do PL 2952/2022, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer​​​​ ​

Tereza Nelma

Secretária Nacional da Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, ex-deputada federal, foi Procuradora da Mulher na Câmara, autora da Lei de Navegação de Pacientes, Lei Federal 14.450/2022.

Eciliane de Sousa da Costa, 37 anos
Ano do diagnóstico: 2022

Falar sem se emocionar é um pouco difícil. No momento em que suspeitei, só tinha aparecido uma mancha vermelha e quente na mama direita. Me preocupei, fui ao médico e começou uma saga desesperadora. Passei por quatro médicos até ter o diagnóstico, que foi constatado por meio de uma biópsia. Fiz todos os procedimentos cabíveis.

No ano de 2021 tive a suspeita, mas o diagnóstico efetivo veio em 07 de março de 2022. Fiz 16 sessões de quimioterapias sendo 12 branca e 4 vermelha, seguido da mastectomia radical e 15 sessões de radioterapia. Nessa fase do tratamento, passei por um momento complicado, em que a quimioterapia afetou o meu coração, fazendo com que o tratamento fosse interrompido.

Neste percurso, tive que enfrentar muitas dificuldades, medos e incertezas para superar obstáculos em relação ao meu tratamento, que não são fáceis. Nesse período também, precisei trabalhar a minha mente, em tirá-la do foco da enfermidade, pensei muitas vezes que aquele era o fim da minha vida, mas Deus reescreveu a minha história.

Após o tratamento, ingressei em uma faculdade e atualmente estou no curso de psicologia. Descobri que somos capazes de superar qualquer obstáculo, principalmente na vida da paciente oncológica, que não são poucos e nem fáceis.

Graças a Deus, hoje posso falar que sou curada e grata por poder me levantar todos os dias. Você é quem escolhe aonde quer chegar. Eu escolhi a psicologia, para ajudar e encaminhar pessoas ao tratamento, compartilhando a minha experiência de superação para que elas se beneficiem e possam superar também

Bárbara Monteiro, 40 anos
Ano do diagnóstico: 2012

Vivemos num mundo dominado pela cultura do desmame, cheio de “influências sutis”, achismos sem nenhum fundamento científico que minam a segurança das mães e condenam bebês ao desmame, muitas vezes antes do nascimento.

Mas vou falar do outro lado da moeda, da minha feliz experiência. Sou lutadora, otimista inveterada e pesquisadora por natureza. Nem essas características me prepararam pra tamanha emoção e milagre. Em 2012 tive câncer de mama, fiz quimio, rádio, hormonioterapia e retirei as 2 mamas. Em 2019, durante meus exames de acompanhamento, milagrosamente, me descobri grávida. Estudei bastante, busquei as informações mais atualizadas sobre maternidade mas não me ative a nenhuma informação sobre amamentação. Próximo ao parto, Dr. Adorno (cirurgião plástico que fez minha reconstrução mamária) me indicou a Soyama, coordenadora do banco de leite do HRAN, para avaliar a logística reversa de doação.

Eu queria garantir leite materno pelo menos nos primeiros dias de vida do Bernardo. Mas para a minha surpresa ela me apresentou a translactação. Eu nunca tinha ouvido essa palavra, não sou de chorar mas fiquei em prantos ao saber que aquela mama inútil (outrora sinônimo de doença) pelo menos poderia servir de “mamadeira”. Surpresa maior ainda foi ao permitir que ela avaliasse minha mama descobrir que poderia sair algum leitinho dali. Foi uma esperança dada com responsabilidade, me alertando que poderia não acontecer, mas, que se acontecesse 10ml que fosse, já seria uma vitória. Fui para o parto com os planos a, b, c…, cheia de profissionais apoiando a amamentação e alinhada com o banco de leite da maternidade para iniciar a translactação desde a hora de ouro. Mas Deus é foda, né? Não existe milagre pela metade! Meus ductos mamários se reconstruíram e tenho leite. Pouco, mas tenho. Seguimos em livre demanda há 1 ano e 6 meses. Leitinho da mamãe complementado via translactação. É fácil? Acho que na maternidade só é fácil amar, mas não é fácil! Porém, eu tenho um marido incrível, que acredita junto comigo e divide até a amamentação. Ele quem levanta nas madrugadas e prepara a translactação.

Tatiany Pimentel, 38 anos
Ano do diagnóstico: 2020

Fui diagnosticada em junho de 2020 na pandemia, com carcinoma metaplásico triplo negativo. Fiquei arrasada, claro, mas o acolhimento das minhas médicas foi essencial para me fortalecer durante todo o tratamento. Fiz 16 sessões de quimio e 19 de radioterapia. Tiveram choros, insegurança e medo, mas também tive uma rede de apoio muito bacana, muito forte. A recomeçar foi muito importante, assim que retirei o expansor, ela me doou as próteses.

Não perca a fé e o sorriso. Um dia por vez. Temos que nos permitir, ser positiva, não é que tudo é bom, mas ali naquele processo tem alguma coisa boa que você leva consigo e te dá mais ânimo para ter dias melhores.

Assim que fui diagnosticada, a minha oncologista sugeriu que eu fizesse o teste da genética. Ela me explicou direitinho, confesso que dá um frio na barriga, mas fiz com o geneticista e para minha surpresa deu positivo para BRCA1. Poderia ter outro câncer na mama e também no ovário. Durante todo o processo da quimioterapia, fomos conversando, tanto com a oncologista, quanto com mastologista, para fazermos a cirurgia de profilaxia. Fiz a histerectomia radical e depois a mastectomia bilateral profilática. Agora estou em processo de reconstrução da mama.​ ​​

Paloma de Araújo Vieira, 36 anos
Ano do diagnóstico: 2022

Eu descobri o câncer de mama após passar por vários médicos e insistir. Após seis meses, senti uma dor no braço, muitas tonturas, enjoos, queda de cabelo e um cansaço enorme. Tive uma piora desses sintomas porque tinha perdido meu Pai, decidi ir ao clínico geral e ele disse que era ansiedade e sintomas do pós covid, me encaminhando para o Neurologista e Cardiologista. Fiz vários exames e comecei a tomar medicação para ansiedade e fazer fisioterapia no braço. Porém, continuava sentindo os mesmos sintomas, por 6 meses. Foi quando eu decidi voltar na Ginecologista, insisti, pedi para ela uma ultrassonografia das mamas, mas nesse mesmo dia ela não fez o exame de toque.

Saí do trabalho mais cedo e fui fazer o exame. Lembro desse dia como hoje, foi horrível. Comecei a fazer a ultrassonografia das mamas e o médico começou a ficar tenso, perguntou se eu estava sozinha, eu disse que sim. Ele começou a me explicar, afirmou que eu estava com câncer de mama, no estágio 4, e que eu deveria correr contra o tempo. Eu desmaiei, fiquei sem chão, liguei para minha irmã Luciana, que foi me encontrar. Eu não entendia como eu tinha isso! Foi terrível! Foi difícil contar para a família, para a minha mãe, tínhamos perdido meu pai a pouco tempo. Foi muito difícil! Mas, Deus foi providenciando tudo, comecei as consultas, exames, uma correria! Pedi ajuda para familiares, amigos e conhecidos, para poder correr contra o tempo. Fiz 15 quimioterapias, na última tive começo de parada cardiorrespiratória. Após terminar as quimioterapias, teria que ser chamada para fazer a cirurgia, em março, mas o hospital não tinha nada. Fiz outras rifas, pedi para amigos, familiares, colegas, comprei as próteses, todos insumos e nada do hospital me chamar. Fui na Defensoria Pública e quando já estava desistindo, Deus entrou com providência e fui operada em maio deste ano. Mas, infelizmente, antes de completar os 3 meses, descobri que estou com câncer na pele da mama e que tinha nódulos na mama direita. Vou ter que fazer novos exames, para poder fazer uma nova cirurgia para retirar a pele! Difícil, mas estou confiante.

A importância da Recomeçar na minha Vida, foi um grande presente de Deus. A Val, uma grande amiga, sempre que passei por momentos tristes, ela me ajudou, me abraçou. Passei por preconceito quando perdi o cabelo, tinha muita vergonha e com a Recomeçar tive força para aceitar, confiar e superar tudo isso, além de acreditar que tudo vai dar certo. Apesar de estar passando por tudo isso, ter que fazer um novo procedimento, de sentir medo, ficar triste me isolar. Decidi novamente lutar, ainda tenho meus projetos, meus filhos, minha família! Quero muito superar tudo isso e viver! Não quero que essa doença me consuma, ela não é minha, aprendi isso na Recomeçar e repasso isso adiante. O Câncer está aqui, mas ele não é meu!

Que não desistam, e mesmo que não possamos fazer a mamografia por conta da idade, insista faça ultrassonografia, vá em vários médicos! Cuida-se porque infelizmente essa doença é traiçoeira! Não desista. Lute!
​​​​​​

Joana Jeker dos Anjos, 30 anos
Ano do diagnóstico: 2007

Sou fundadora e presidente da Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília. Desde 2010, tenho atuado inserida no controle social, principalmente na articulação de políticas públicas que promovem qualidade e velocidade no diagnóstico e no tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde – SUS.

Esse ativismo surgiu quando fui diagnosticada com câncer de mama, enquanto morava na Austrália, em maio de 2007. Precisei interromper a minha vida lá e voltar ao Brasil para iniciar o tratamento pelo SUS. Todo o processo, desde o diagnóstico, perda da mama, do cabelo, até o fim do tratamento, foi muito doloroso, mas a fé na cura e o amor a Deus sempre foi meu suporte para enfrentar todas as adversidades.

Eu tive o tipo mais agressivo do câncer de mama, perdi um seio, mas ganhei a oportunidade de recomeçar a vida com muito mais gratidão e garra. Escrevi o livro O Grande Encontro, para inspirar as pessoas a superarem as adversidades da vida e a se engajarem em causas humanitárias. Ao longo da última década, uni esforços para iluminar a importância da detecção precoce e do apoio às mulheres enfrentando o câncer de mama, impulsionando a promoção de políticas de saúde significativas, como leis federais e distritais de amparo a pessoas com câncer.

Eu liderei, por mais de 2 anos no Congresso Nacional, a luta para conseguir a aprovação de uma lei que é um marco no combate ao câncer no Brasil, que estabelece um prazo máximo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico do câncer no SUS quando houver suspeita médica da doença, a Lei Federal 13.896/2019.

No âmbito pessoal, ainda nutro o sonho de ser mãe e de formar uma família. Perdi minha mãe em 18.09.2019, há exatos 4 anos atrás, para o câncer de mama, depois de tratar, por mais de 6 anos, metástases do câncer de mama, tendo feito mais de 100 sessões de quimioterapias nesses anos de tratamento. Minha tia, irmã caçula da minha mãe, teve recentemente uma recidiva do câncer de mama (depois de mais de 25 anos curada).

Fabíana D’Souza, 42 anos
Ano do diagnóstico: 2017

Foi em 20 de setembro de 2017, o dia em que meu mundo se transformou, minha vida tornou-se um caos, o chão abriu, meu corpo saiu do eixo e eu perdi o controle, por longos segundos, minutos. Nas primeiras 24 horas com o diagnóstico de câncer, pensei “vou morrer”, preciso viver intensamente cada momento, cada dia, porque tudo irá acabar, mas como assim, acabar?! Como assim morrer?! Isso não vai acontecer, não comigo, não por conta dessa doença. Sou Fabíana D’Souza, a vida é minha e eu tenho o controle sobre ela, não vou morrer de câncer e não agora, Deus é pai e está sempre comigo, Maria passou na frente, e levou toda a angústia, dor e sofrimento.

A primeira cirurgia aconteceu em 2017 e até hoje, contando com todas, devem ter sido por volta de 6, para reconstrução e simetria. Foram 16 sessões de quimioterapia, sendo 4 vermelhas e 12 brancas, foram 6 meses de quimioterapia em 2018, e por volta de 1 ano ou até mais para que todos “os sintomas e sequelas” finalmente terminassem. Mas isso ainda irá perdurar até 2028, enquanto eu tomo medicação oral, com o corpo e a vida em geral adequando de acordo com os acontecimentos. Mas sei que no fim o espetáculo será meu e em grande estilo.

Até hoje, passados seis anos após o diagnóstico, ainda não sei o propósito disso tudo. Para mostrar que sou forte? Sempre fui e sei disso!! Que Deus está comigo e está testando a minha fé? Também não, sempre fui muito católica, mulher de fé, tanto que Nossa Senhora Aparecida intercedeu por mim perante ao pai e me livrou dessa doença e eu venci, ainda estou na batalha, mas eu já venci e o grande final está próximo.

O grupo Recomeçar serve de apoio uma para outra, cada uma com sua singularidade, sua vivência, sendo uma troca de experiência maravilhosa e uma rede de apoio muito importante, ainda mais para pacientes oncológicas que estão sensibilizadas e vulneráveis nesse momento tão difícil. Prevenção é tudo! Mulheres se cuidem, se toquem, se protejam e se amem! Cuidar da saúde é o principal da vida, a mulher cuida do marido, dos filhos, dos amigos, de tudo e todos, mas não se pode esquecer de si mesma. Primeiramente você e sua saúde, não somente no outubro rosa, mas sim, em todos os momentos. Mulheres se cuidem e cuidem de todas ao seu redor. Ter uma rede de apoio é muito importante e você nunca estará sozinha. Fé em Deus e tudo dará certo, sempre dá certo!!!​

Elisabete Moreira, 46 anos
Ano do diagnóstico: 2022

Quando o câncer entrou na minha família, foi principalmente na minha mãe. Foi um susto imaginar ela com 67 anos, com esse diagnóstico. Logo nos veio que seria a sentença de morte dela. Com ela ainda em tratamento, fui fazer o autoexame e constatei que também estava com 2 nódulos na mama. Além do susto, minha maior preocupação era como esconder da minha mãe, ela estava no processo de quimioterapia, em uma fase muito complicada pois ela sofreu muito, esperei ela terminar as quimioterapias e fazer cirurgia pra contar meu diagnóstico, não foi muito fácil, o câncer adoece toda família. Então, minha mãe fez mastectomia e contei pra ela meu diagnóstico.

Não foi nada fácil, mas segurei nas mãos de Deus e fiz minhas quimioterapias, a mastectomia e agora estou esperando para fazer radioterapias. Está dando tudo certo, estou vencendo cada etapa e logo estarei curada totalmente.

Através da Cintia eu conheci a Recomeçar e a Recomeçar me deu acolhimento necessário, me senti amada e compreendida pois não é fácil pra uma mulher saber que ia ser mutilada, foi bem difícil mas com fé em Deus eu estou vencendo.

Eliete Francisca Santos Moreira, 69 anos
Ano do diagnóstico: 2021

Sobre o meu diagnóstico foi traumatizante para mim o medo, pavor e todas as sensações mais terríveis que um ser humano pode sentir na vida um dia! Por ser sempre a pessoa que deu suporte para os doentes com câncer da minha família eu já sabia o que iria enfrentar, temi pelo pior. Sofri dores terríveis pois minha mama estava muito inchada e nenhum remédio resolvia, acredito que o medo e pavor tornava ainda mais dolorido toda a situação, cheguei a ter uma convulsão por reação do tramal em um dia que minha filha me levou ao pronto socorro devido às dores que eu sentia.

Eu tinha muita esperança que aquela dor terrível fosse um furúnculo que tivesse inflamado o meu peito, mas infelizmente estava lá um tumor maligno de 9 cm. Tive que ficar internada devido às fortes dores aguardando a minha vaga na oncologia para iniciar o tratamento. Fiz a primeira quimioterapia internada deu tudo certo aparentemente, após 15 dias tive febre minha imunidade baixou muito e precisei ser internada, foi horrível pois não tinha uma cadeira para me sentar e acabei ficando no meio de vários doentes no pronto socorro.

No dia seguinte fui transferida para o isolamento da oncologia onde fui medicada, passei muito mal, foram sete dias muito difíceis e no penúltimo dia meus cabelos começaram a cair. Teve um dia que vomitei cerca de 8 vezes, nada parava no meu estômago, mas graças a Deus todos me atenderam bem e com um carinho especial, fui muito bem amparada nos dias mais difíceis dessa trajetória. Minha família me ajudou muito! Em especial minha filha caçula que me acompanhou na maior parte do meu tratamento. Deus colocou pessoas maravilhosas em meu caminho, tive medo de muitas coisas, mas nunca perdi a minha fé em Deus de que tudo daria certo e hoje só tenho a agradecer a Deus e minha família por todo apoio e suporte que me deram no período de diagnóstico, tratamento, cirurgia, fisioterapia e radioterapia.

Confiem em Deus! Não se entreguem a doença por mais difícil que pareça ser a situação Deus tem a solução! Sobre a Recomeçar achei um projeto lindo onde ajudam mulheres mastectomizadas assim como a levantar a autoestima e o bem estar das mulheres.

Egda Regina Rodrigues Oliveira Henriques, 52 anos
Ano do diagnóstico: setembro 2021

Fui fazer um exame para fazer uma cirurgia plástica, queria colocar silicone., em setembro de 2021. Quando chegou o resultado, eu estava com um nódulo, então precisei fazer a biópsia e pra minha surpresa era maligno. Não me assustei, imaginei logo que tudo iria passar. Até porque faço exames normalmente todos os anos no mês de novembro. Porém esse ano fiz em setembro porque minha irmã colocou silicone e me incentivou a colocar, por isso foi em setembro. Graças a Deus estava bem no início, fiz a cirurgia e o médico conseguiu tirar tudo.

Então, fiz 10 sessões de radioterapia e o médico me passou pra eu fazer 4 quimioterapias, porém ele disse: existe um exame que é feito nos Estados Unidos que ele vem com mais precisão se você precisa ou não de quimioterapia, mas ele é muito caro. Era 15 mil reais na época, mas poderia dizer que eu não precisava fazer quimioterapia. Então, eu preferi fazer o exame, e quando o exame chegou, veio falando que eu não precisava fazer a quimioterapia. Fiquei muito feliz! Conduzi tudo normalmente. Como tenho uma autoestima alta, não me abalei, percebi que Deus me escolheu para que eu aprendesse algo com isso e para que eu ajudasse outras pessoas.

Fabíola Constâncio
Jogadora de vôlei de praia, 39 anos, campeã sul-americana, descobriu recidiva do tumor na mama em abril. Ela passou por cirurgia e tratamento com radioterapia.

Fonte: Jornal de Brasília

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