Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos também podem desencadear ou agravar o quadro
Setembro é o mês de conscientização sobre a alopecia areata, uma doença inflamatória caracterizada pela perda de cabelos ou pelos, em geral em áreas arredondadas do couro cabeludo ou outras partes do corpo. Em casos mais graves, pode haver perda total de todos os pelos do corpo, inclusive cílios, sobrancelhas e barba.
Popularmente conhecida como “pelada”, a doença acomete de 1% a 2% da população. Clarissa Borges, dermatologista e proprietária da clínica Harmonie, explica que o distúrbio pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.
Diversos fatores estão envolvidos no seu desenvolvimento, como a genética. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos também podem desencadear ou agravar o quadro.
Por ser uma doença inflamatória de origem autoimune e com fatores genéticos associados, a dermatologista afirma que pode ser tratada com uso de medicamentos tópicos com ação anti-inflamatória. “Vão desde corticoides, substâncias com ação irritativa para estimular o nascimento dos pelos, até, para casos mais exuberantes, o uso de medicamentos imunossupressores e imunomoduladores”, explica.
Clarissa ressalta que o tratamento deve ser sempre conduzido por um dermatologista. Quando o cabelo volta a nascer, em alguns casos, apresenta uma coloração mais clara ou totalmente branca, mas volta ao seu tom original depois de algum tempo. Com exceção à queda de cabelos de causa hereditária, a alopecia pode ser evitada ou retardada quando afastados os fatores de risco e introduzido o tratamento adequado.
“A redução do estresse do cotidiano e o cuidado emocional com auxílio de um psicólogo também são boas opções para quem tem a doença, uma vez que os fatores emocionais contribuem para a aceleração da perda de cabelo na grande maioria dos casos”, afirma a médica.