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Ipê Brasília: ONG Realiza Exposição com Ministra, Deputada, Atletas e Mulheres que Superaram o Câncer de Mama

Dentre os dias 02 e 31, a Associação Recomeçar fará uma exposição de fotos de mulheres diagnosticadas com câncer de mama, no Senado Federal, Palácio do Buriti e Câmara Legislativa do DF. O intuito é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.

A Recomeçar é uma associação de mulheres mastectomizadas de Brasília, sem fins lucrativos, que atua principalmente na articulação de políticas públicas e promoção do controle social para garantir a celeridade em processos que proporcionam a reabilitação de mulheres afetadas pelo câncer de mama que são tratadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde 2011, a Recomeçar mobiliza ações com autoridades públicas para estabelecer o cumprimento dos direitos constitucionais em apoio às mulheres vítimas de câncer de mama. No Congresso Nacional, a Associação liderou por mais de dois anos a conquista da Lei Federal Nº 12.896/2019, que prevê um prazo máximo de 30 dias para a realização de exames de diagnóstico do câncer no SUS quando houver suspeita médica da doença. Esta é uma Lei ampla que beneficia não somente mulheres, como todas as pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde para o diagnóstico e tratamento.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, com 23% dos novos diagnósticos identificados dentre todos os gêneros da doença. No Brasil, estima-se a ocorrência de 704 mil novos casos de câncer entre o triênio de 2023 e 2025, com 74 mil casos de câncer de mama para cada ano.

O câncer é uma doença silenciosa e avassaladora. A conscientização e o acesso à informação faz total diferença para a descoberta do diagnóstico, como foi o caso de Cintia Cerqueira, 42 anos, diagnosticada em 2018. “Durante uma campanha do Outubro Rosa realizei um autoexame e percebi um caroço na axila. Logo iniciei o tratamento e dias depois, tive um derrame cerebral, contatando uma metástase cerebral ocasionada pelo câncer de mama. Hoje estou bem, aprendi que a vida se vive a cada dia”, afirma.

Neste ano, a exposição Fotográfica Outubro Rosa 10 anos rememora todas as mostras anteriores já realizadas no Congresso Nacional, entre os anos de 2013 e 2022. O intuito é trazer informação e sensibilizar a sociedade para uma causa tão importante, além de demonstrar força e apoio às mulheres que passam pelo momento de enfrentamento da doença e de reinserção social. A mostra retrata 12 mulheres que tiveram em comum o diagnóstico, com imagens comoventes de histórias que refletem jornadas incríveis de mulheres que enfrentaram o câncer de mama.

A Exposição acontece em dois formatos, de forma simultânea, com quadros no Espaço Senado Galeria no Senado Federal e também totens no Palácio do Buriti e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O projeto conta com o apoio Institucional da Procuradoria Especial da Mulher no Senado, Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Comissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil, Comissão de Saúde, Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer, Frente Parlamentar Mista da Saúde, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal e FEMAMA.

Cronograma:
02 a 13 de outubro – Salão Branco do Palácio do Buriti.

16 a 31 de outubro – Câmara Legislativa do Distrito Federal.

02 a 31 de outubro – Espaço Senado Galeria no Senado Federal. Haverá abertura dia 18/10 às 18:00

Depoimentos e Personagens

Deputada Federal Sílvia Cristina
Deputada Federal, presidente da Frente Parlamentar Mista em Prol da Luta Contra o Câncer, relatora daComissão Especial sobre o Combate ao Câncer no Brasil e vice-presidente da Comissão de Saúde. Autora do PL2952/2022, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer

Tereza Nelma
Secretária Nacional da Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, ex-deputada federal, foi Procuradora daMulher na Câmara, autora da Lei de Navegação de Pacientes, Lei Federal 14.450/2022.

Eciliane de Sousa da Costa, 37 anos.
Ano do diagnóstico:2022
Falar sem se emocionar é um pouco difícil. No momento em que suspeitei, só tinha aparecido uma manchavermelha e quente na mama direita. Me preocupei, fui ao médico e começou uma saga desesperadora. Passeipor quatro médicos até ter o diagnóstico, que foi constatado por meio de uma biópsia. Fiz todos osprocedimentos cabíveis.

No ano de 2021 tive a suspeita, mas o diagnóstico efetivo veio em 07 de março de 2022. Fiz 16 sessões dequimioterapias sendo 12 branca e 4 vermelha, seguido da mastectomia radical e 15 sessões de radioterapia.Nessa fase do tratamento, passei por um momento complicado, em que a quimioterapia afetou o meu coração,fazendo com que o tratamento fosse interrompido.

Neste percurso, tive que enfrentar muitas difi culdades, medos e incertezas para superar obstáculos em relaçãoao meu tratamento, que não são fáceis. Nesse período também, precisei trabalhar a minha mente, em tirá-la dofoco da enfermidade, pensei muitas vezes que aquele era o fi m da minha vida, mas Deus reescreveu a minhahistória.

Após o tratamento, ingressei em uma faculdade e atualmente estou no curso de psicologia. Descobri que somoscapazes de superar qualquer obstáculo, principalmente na vida da paciente oncológica, que não são poucos enem fáceis.

Graças a Deus, hoje posso falar que sou curada e grata por poder me levantar todos os dias. Você é quemescolhe aonde quer chegar. Eu escolhi a psicologia, para ajudar e encaminhar pessoas ao tratamento,compartilhando a minha experiência de superação para que elas se benefi ciem e possam superar também

Bárbara Monteiro,40 anos.
Ano do diagnóstico: 2012
Vivemos num mundo dominado pela cultura do desmame, cheio de “infl uências sutis”, achismos sem nenhumfundamento científi co que minam a segurança das mães e condenam bebês ao desmame, muitas vezes antesdo nascimento.

Mas vou falar do outro lado da moeda, da minha feliz experiência. Sou lutadora, otimista inveterada epesquisadora por natureza. Nem essas características me prepararam pra tamanha emoção e milagre. Em 2012tive câncer de mama, fi z quimio, rádio, hormonioterapia e retirei as 2 mamas. Em 2019, durante meus exames deacompanhamento, milagrosamente, me descobri grávida. Estudei bastante, busquei as informações maisatualizadas sobre maternidade mas não me ative a nenhuma informação sobre amamentação. Próximo aoparto, Dr. Adorno (cirurgião plástico que fez minha reconstrução mamária) me indicou a Soyama, coordenadorado banco de leite do HRAN, para avaliar a logística reversa de doação. Eu queria garantir leite materno pelomenos nos primeiros dias de vida do Bernardo. Mas para a minha surpresa ela me apresentou a translactação.Eu nunca tinha ouvido essa palavra, não sou de chorar mas fi quei em prantos ao saber que aquela mama inútil(outrora sinônimo de doença) pelo menos poderia servir de “mamadeira”. Surpresa maior ainda foi ao permitirque ela avaliasse minha mama descobrir que poderia sair algum leitinho dali. Foi uma esperança dada comresponsabilidade, me alertando que poderia não acontecer, mas, que se acontecesse 10ml que fosse, já seriauma vitória. Fui para o parto com os planos a, b, c…, cheia de profi ssionais apoiando a amamentação e alinhadacom o banco de leite da maternidade para iniciar a translactação desde a hora de ouro. Mas Deus é foda, né?Não existe milagre pela metade! Meus ductos mamários se reconstruíram e tenho leite. Pouco, mas tenho.Seguimos em livre demanda há 1 ano e 6 meses. Leitinho da mamãe complementado via translactação. É fácil?Acho que na maternidade só é fácil amar, mas não é fácil! Porém, eu tenho um marido incrível, que acredita juntocomigo e divide até a amamentação. Ele quem levanta nas madrugadas e prepara a translactação.

Tatiany Pimentel, 38 anos.
Ano do diagnóstico:2020
Fui diagnosticada em junho de 2020 na pandemia, com carcinoma metaplásico triplo negativo. Fiquei arrasada,claro, mas o acolhimento das minhas médicas foi essencial para me fortalecer durante todo o tratamento. Fiz 16sessões de quimio e 19 de radioterapia. Tiveram choros, insegurança e medo, mas também tive uma rede deapoio muito bacana, muito forte. A recomeçar foi muito importante, assim que retirei o expansor, ela me doou aspróteses.

Não perca a fé e o sorriso. Um dia por vez. Temos que nos permitir, ser positiva, não é que tudo é bom, mas alinaquele processo tem alguma coisa boa que você leva consigo e te dá mais ânimo para ter dias melhores.

Assim que fui diagnosticada, a minha oncologista sugeriu que eu fi zesse o teste da genética. Ela me explicoudireitinho, confesso que dá um frio na barriga, mas fi z com o geneticista e para minha surpresa deu positivo paraBRCA1. Poderia ter outro câncer na mama e também no ovário. Durante todo o processo da quimioterapia,fomos conversando, tanto com a oncologista, quanto com mastologista, para fazermos a cirurgia de profi laxia.Fiz a histerectomia radical e depois a mastectomia bilateral profi lática. Agora estou em processo dereconstrução da mama.

Paloma de Araújo Vieira,36 anos.
Ano do diagnóstico: 2022
Eu descobri o câncer de mama após passar por vários médicos e insistir. Após seis meses, senti uma dor nobraço, muitas tonturas, enjoos, queda de cabelo e um cansaço enorme. Tive uma piora desses sintomas porquetinha perdido meu Pai, decidi ir ao clínico geral e ele disse que era ansiedade e sintomas do pós covid, meencaminhando para o Neurologista e Cardiologista. Fiz vários exames e comecei a tomar medicação paraansiedade e fazer fi sioterapia no braço. Porém, continuava sentindo os mesmos sintomas, por 6 meses. Foiquando eu decidi voltar na Ginecologista, insisti, pedi para ela uma ultrassonografi a das mamas, mas nessemesmo dia ela não fez o exame de toque.

Saí do trabalho mais cedo e fui fazer o exame. Lembro desse dia como hoje, foi horrível. Comecei a fazer aultrassonografi a das mamas e o médico começou a fi car tenso, perguntou se eu estava sozinha, eu disse quesim. Ele começou a me explicar, afi rmou que eu estava com câncer de mama, no estágio 4, e que eu deveriacorrer contra o tempo. Eu desmaiei, fi quei sem chão, liguei para minha irmã Luciana, que foi me encontrar. Eunão entendia como eu tinha isso! Foi terrível! Foi difícil contar para a família, para a minha mãe, tínhamosperdido meu pai a pouco tempo. Foi muito difícil! Mas, Deus foi providenciando tudo, comecei as consultas,exames, uma correria! Pedi ajuda para familiares, amigos e conhecidos, para poder correr contra o tempo. Fiz 15quimioterapias, na última tive começo de parada cardiorrespiratória. Após terminar as quimioterapias, teria queser chamada para fazer a cirurgia, em março, mas o hospital não tinha nada. Fiz outras rifas, pedi para amigos,familiares, colegas, comprei as próteses, todos insumos e nada do hospital me chamar. Fui na DefensoriaPública e quando já estava desistindo, Deus entrou com providência e fui operada em maio deste ano. Mas,infelizmente, antes de completar os 3 meses, descobri que estou com câncer na pele da mama e que tinhanódulos na mama direita. Vou ter que fazer novos exames, para poder fazer uma nova cirurgia para retirar a pele!Difícil, mas estou confi ante.

A importância da Recomeçar na minha Vida, foi um grande presente de Deus. A Val, uma grande amiga, sempreque passei por momentos tristes, ela me ajudou, me abraçou. Passei por preconceito quando perdi o cabelo,tinha muita vergonha e com a Recomeçar tive força para aceitar, confi ar e superar tudo isso, além de acreditarque tudo vai dar certo. Apesar de estar passando por tudo isso, ter que fazer um novo procedimento, de sentirmedo, fi car triste me isolar. Decidi novamente lutar, ainda tenho meus projetos, meus fi lhos, minha família! Queromuito superar tudo isso e viver! Não quero que essa doença me consuma, ela não é minha, aprendi isso naRecomeçar e repasso isso adiante. O Câncer está aqui, mas ele não é meu!
Que não desistam, e mesmo que não possamos fazer a mamografi a por conta da idade, insista façaultrassonografi a, vá em vários médicos! Cuida-se porque infelizmente essa doença é traiçoeira! Não desista.Lute!

Joana Jeker dos Anjos, 30 anos.
Ano do diagnóstico 2007
Sou fundadora e presidente da Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília. Desde2010, tenho atuado inserida no controle social, principalmente na articulação de políticas públicas quepromovem qualidade e velocidade no diagnóstico e no tratamento do câncer no Sistema Único de Saúde – SUS.

Esse ativismo surgiu quando fui diagnosticada com câncer de mama, enquanto morava na Austrália, em maiode 2007. Precisei interromper a minha vida lá e voltar ao Brasil para iniciar o tratamento pelo SUS. Todo oprocesso, desde o diagnóstico, perda da mama, do cabelo, até o fi m do tratamento, foi muito doloroso, mas a féna cura e o amor a Deus sempre foi meu suporte para enfrentar todas as adversidades.

Eu tive o tipo mais agressivo do câncer de mama, perdi um seio, mas ganhei a oportunidade de recomeçar a vidacom muito mais gratidão e garra. Escrevi o livro O Grande Encontro, para inspirar as pessoas a superarem asadversidades da vida e a se engajarem em causas humanitárias. Ao longo da última década, uni esforços parailuminar a importância da detecção precoce e do apoio às mulheres enfrentando o câncer de mama,impulsionando a promoção de políticas de saúde signifi cativas, como leis federais e distritais de amparo apessoas com câncer.

Eu liderei, por mais de 2 anos no Congresso Nacional, a luta para conseguir a aprovação de uma lei que é ummarco no combate ao câncer no Brasil, que estabelece um prazo máximo de 30 dias para a realização deexames de diagnóstico do câncer no SUS quando houver suspeita médica da doença, a Lei Federal13.896/2019.

No âmbito pessoal, ainda nutro o sonho de ser mãe e de formar uma família. Perdi minha mãe em 18.09.2019,há exatos 4 anos atrás, para o câncer de mama, depois de tratar, por mais de 6 anos, metástases do câncer demama, tendo feito mais de 100 sessões de quimioterapias nesses anos de tratamento. Minha tia, irmã caçula daminha mãe, teve recentemente uma recidiva do câncer de mama (depois de mais de 25 anos curada).

Fabíana D’Souza, 42 anos.
Ano do diagnóstico: 2017
Foi em 20 de setembro de 2017, o dia em que meu mundo se transformou, minha vida tornou-se um caos, ochão abriu, meu corpo saiu do eixo e eu perdi o controle, por longos segundos, minutos. Nas primeiras 24 horascom o diagnóstico de câncer, pensei “vou morrer”, preciso viver intensamente cada momento, cada dia, porquetudo irá acabar, mas como assim, acabar?! Como assim morrer?! Isso não vai acontecer, não comigo, não porconta dessa doença. Sou Fabíana D’Souza, a vida é minha e eu tenho o controle sobre ela, não vou morrer decâncer e não agora, Deus é pai e está sempre comigo, Maria passou na frente, e levou toda a angústia, dor esofrimento.

A primeira cirurgia aconteceu em 2017 e até hoje, contando com todas, devem ter sido por volta de 6, parareconstrução e simetria. Foram 16 sessões de quimioterapia, sendo 4 vermelhas e 12 brancas, foram 6 mesesde quimioterapia em 2018, e por volta de 1 ano ou até mais para que todos “os sintomas e sequelas” fi nalmenteterminassem. Mas isso ainda irá perdurar até 2028, enquanto eu tomo medicação oral, com o corpo e a vida emgeral adequando de acordo com os acontecimentos. Mas sei que no fi m o espetáculo será meu e em grandeestilo.

Até hoje, passados seis anos após o diagnóstico, ainda não sei o propósito disso tudo. Para mostrar que souforte? Sempre fui e sei disso!! Que Deus está comigo e está testando a minha fé? Também não, sempre fui muitocatólica, mulher de fé, tanto que Nossa Senhora Aparecida intercedeu por mim perante ao pai e me livrou dessadoença e eu venci, ainda estou na batalha, mas eu já venci e o grande fi nal está próximo.

O grupo Recomeçar serve de apoio uma para outra, cada uma com sua singularidade, sua vivência, sendo uma troca de experiência maravilhosa e uma rede de apoio muito importante, ainda mais para pacientes oncológicasque estão sensibilizadas e vulneráveis nesse momento tão difícil. Prevenção é tudo! Mulheres se cuidem, setoquem, se protejam e se amem! Cuidar da saúde é o principal da vida, a mulher cuida do marido, dos fi lhos, dosamigos, de tudo e todos, mas não se pode esquecer de si mesma. Primeiramente você e sua saúde, nãosomente no outubro rosa, mas sim, em todos os momentos. Mulheres se cuidem e cuidem de todas ao seuredor. Ter uma rede de apoio é muito importante e você nunca estará sozinha. Fé em Deus e tudo dará certo,sempre dá certo!!!

Elisabete Moreira, 46 anos.
Ano do diagnóstico:2022
Quando o câncer entrou na minha família, foi principalmente na minha mãe. Foi um susto imaginar ela com 67anos, com esse diagnóstico. Logo nos veio que seria a sentença de morte dela. Com ela ainda em tratamento,fui fazer o autoexame e constatei que também estava com 2 nódulos na mama. Além do susto, minha maiorpreocupação era como esconder da minha mãe, ela estava no processo de quimioterapia, em uma fase muitocomplicada pois ela sofreu muito, esperei ela terminar as quimioterapias e fazer cirurgia pra contar meudiagnóstico, não foi muito fácil, o câncer adoece toda família. Então, minha mãe fez mastectomia e contei praela meu diagnóstico. Não foi nada fácil, mas segurei nas mãos de Deus e fi z minhas quimioterapias, amastectomia e agora estou esperando para fazer radioterapias. Está dando tudo certo, estou vencendo cadaetapa e logo estarei curada totalmente.

Através da Cintia eu conheci a Recomeçar e a Recomeçar me deu acolhimento necessário, me senti amada ecompreendida pois não é fácil pra uma mulher saber que ia ser mutilada, foi bem difícil mas com fé em Deus euestou vencendo.

Eliete Francisca Santos Moreira, 69 anos.
Ano do diagnóstico:2021
Sobre o meu diagnóstico foi traumatizante para mim o medo, pavor e todas as sensações mais terríveis que umser humano pode sentir na vida um dia! Por ser sempre a pessoa que deu suporte para os doentes com câncerda minha família eu já sabia o que iria enfrentar, temi pelo pior. Sofri dores terríveis pois minha mama estavamuito inchada e nenhum remédio resolvia, acredito que o medo e pavor tornava ainda mais dolorido toda asituação, cheguei a ter uma convulsão por reação do tramal em um dia que minha fi lha me levou ao prontosocorro devido às dores que eu sentia. Eu tinha muita esperança que aquela dor terrível fosse um furúnculo quetivesse infl amado o meu peito, mas infelizmente estava lá um tumor maligno de 9 cm. Tive que fi car internadadevido às fortes dores aguardando a minha vaga na oncologia para iniciar o tratamento. Fiz a primeiraquimioterapia internada deu tudo certo aparentemente, após 15 dias tive febre minha imunidade baixou muito eprecisei ser internada, foi horrível pois não tinha uma cadeira para me sentar e acabei fi cando no meio de váriosdoentes no pronto socorro. No dia seguinte fui transferida para o isolamento da oncologia onde fui medicada,passei muito mal, foram sete dias muito difíceis e no penúltimo dia meus cabelos começaram a cair. Teve umdia que vomitei cerca de 8 vezes, nada parava no meu estômago, mas graças a Deus todos me atenderam bem ecom um carinho especial, fui muito bem amparada nos dias mais difíceis dessa trajetória. Minha família meajudou muito! Em especial minha fi lha caçula que me acompanhou na maior parte do meu tratamento. Deuscolocou pessoas maravilhosas em meu caminho, tive medo de muitas coisas, mas nunca perdi a minha fé emDeus de que tudo daria certo e hoje só tenho a agradecer a Deus e minha família por todo apoio e suporte queme deram no período de diagnóstico, tratamento, cirurgia, fi sioterapia e radioterapia.

Confi em em Deus! Não se entreguem a doença por mais difícil que pareça ser a situação Deus tem a solução!Sobre a Recomeçar achei um projeto lindo onde ajudam mulheres mastectomizadas assim como a levantar aautoestima e o bem estar das mulheres.

Egda Regina Rodrigues Oliveira Henriques , 52 anos.
Ano do diagnóstico: setembro 2021
Fui fazer um exame para fazer uma cirurgia plástica, queria colocar silicone., em setembro de 2021. Quandochegou o resultado, eu estava com um nódulo, então precisei fazer a biópsia e pra minha surpresa era maligno.Não me assustei, imaginei logo que tudo iria passar. Até porque faço exames normalmente todos os anos nomês de novembro. Porém esse ano fi z em setembro porque minha irmã colocou silicone e me incentivou acolocar, por isso foi em setembro. Graças a Deus estava bem no início, fi z a cirurgia e o médico conseguiu tirartudo. Então, fi z 10 sessões de radioterapia e o médico me passou pra eu fazer 4 quimioterapias, porém ele disse:existe um exame que é feito nos Estados Unidos que ele vem com mais precisão se você precisa ou não dequimioterapia, mas ele é muito caro. Era 15 mil reais na época, mas poderia dizer que eu não precisava fazerquimioterapia. Então, eu preferi fazer o exame, e quando o exame chegou, veio falando que eu não precisavafazer a quimioterapia. Fiquei muito feliz! Conduzi tudo normalmente. Como tenho uma autoestima alta, não meabalei, percebi que Deus me escolheu para que eu aprendesse algo com isso e para que eu ajudasse outraspessoas.

Fabíola Constâncio
Jogadora de vôlei de praia, 39 anos, campeã sul-americana, descobriu recidiva do tumor na mama em abril. Ela passou por cirurgia e tratamento com radioterapia.

 

Fonte: Ipê Brasília

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SBT News: Para além da saúde: saiba quais são os direitos de pacientes com câncer de mama

Atualmente no Brasil, há duas leis que garantem direitos importantes para mulheres, em relação ao câncer de mama: a Lei 12.802/2013 e a Lei 11.664/2008. A primeira garante o direito à reconstrução mamária pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda, assegura o direito à realização de mamografia pelo SUS para detecção e tratamento da doença. Uma terceira

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