A campanha deste mês é voltada para a conscientização sobre uma das doenças mais comuns em mulheres, atrás somente do câncer de mama, de pulmão e do colorretal
Nesse domingo, 16, a atriz Françoise Forton morreu, aos 64 anos, em decorrência de um câncer de colo uterino. Além desse fato ter chamado atenção para a doença, este mês é marcado pelo Janeiro Verde, campanha responsável pelo alerta para a prevenção desse tipo de enfermidade.
Com cerca de 600 mil novos casos por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e um pico de incidência na faixa de 45 a 50 anos, a doença é considerada de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial.
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De acordo com Miriam Silva, médica da Oncoclínicas Brasília, nos casos avançados, os primeiros sinais são sangramento uterino, secreção vaginal de odor fétido e dor pélvica e durante as relações sexuais.
“Esse câncer está relacionado, em mais de 90% dos casos, à infecção pelo HPV, especialmente o HPV 16 e 18, que são os mais oncogênicos”, afirma.
O diagnóstico é feito, inicialmente, através do papanicolau. Se aparecer alguma alteração suspeita, a colposcopia (exame que permite visualizar o colo uterino e lesões, se presentes) e a biópsia são indicadas.
Já o tratamento adequado depende do estágio da doença. Para os tumores iniciais, a cirurgia pode ser o procedimento indicado, contudo, em casos mais avançados, a radioterapia ou a quimioterapia são essenciais.
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Segundo a médica, o câncer de colo de útero é quase totalmente prevenível. ” É importante salientarmos a importância da realização periódica do papanicolaou, especialmente em pessoas de 25 a 64 anos, da vacinação de mulheres e pacientes imunossuprimidas”.
Ainda, o não uso de preservativos aumenta muito a chance de contrair o HPV e, consequentemente, infecções persistentes que podem evoluir de lesões pré-malignas até o câncer
Fonte: GPS Lifetime