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Alô Brasília: Aterro Sanitário do Distrito Federal deve chegar ao limite de uso em 2027

O Aterro Sanitário do Distrito Federal deve chegar ao limite de uso em 2027, três anos antes da previsão inicial, de acordo com estimativas do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Esse resultado se deve ao uso inadequado, principalmente a falta de uma coleta seletiva correta. Controlar a poluição ambiental, diminuir os impactos no meio ambiente, reduzir as desigualdades sociais, promover a Economia Circular e reaproveitar ao máximo a matéria-prima dos produtos, esses são alguns dos benefícios da coleta adequada. Além da população, em geral, as empresas também são responsáveis por esse trabalho.

No Distrito Federal, qualquer pessoa física ou jurídica que produza mais de 120 litros de lixo por dia é obrigada por lei a gerenciar os resíduos sólidos que produz, sob pena de multa. Com isso, esses, que são os “grandes geradores de resíduos” devem cuidar do acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada aos resíduos sólidos. Sendo assim, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) não é responsável por essa coleta.

De acordo com a Lei Distrital Nº 5.610/2016, o grande gerador deve desenvolver um Plano de Gestão de Resíduos (PGRS) com todos os processos da empresa, identificar todos os resíduos gerados em todos os processos, descrever qual será o tratamento adequado para cada material e descrever qual empresa fará a cada processo destacando o destino final adequado para os resíduos. Após a elaboração do PGRS o gerador deverá contratar uma empresa especializada e licenciada para fazer a coleta dos resíduos e encaminha-los para o destino final adequado, seja ele reciclagem, reaproveitamento, tratamento ou Aterro Sanitário.

Depois que o Lixão da Estrutural foi desativado, muitas empresas do DF encontraram dificuldade para descartar os resíduos sólidos. O Aterro Sanitário Ouro Verde, localizado no Entorno do DF, em Padre Bernardo, surgiu como uma solução para dar a destinação correta para o lixo, sem agredir o meio ambiente e evitar desperdícios. O engenheiro ambiental e responsável técnico pelo aterro Ouro Verde, Ramon Baptista da Cruz, explica que a aplicação da Lei Distrital Nº 5.610/2016 de forma mais eficaz poderia diminuir a sobrecarga do aterro do Distrito Federal. “A aplicação dessa lei de forma plena poderia trazer um alívio ao Aterro Sanitário de Brasília porque diminuiria os resíduos que hoje são levados para lá, porque as empresas podem contratar o serviço de gerenciamento, tratamento e destinação final dos resíduos”, explica.

O engenheiro explica que a gestão sustentável dos resíduos ainda é uma meta a ser alcançada no DF, mas é preciso ter mais campanhas de conscientização. “Os resíduos recicláveis são 30% de tudo o que produzimos, mas apenas de 3 a 4% são reciclados, de fato. Por isso, uma campanha com empresários, órgãos públicos e, principalmente, nas escolas para que, lá na origem, o resíduo seja separado e chegue no destino final com condições de ser reciclado”, alerta.

Com as condições ideais, além de garantir um índice maior de reciclagem, é possível otimizar a geração de resíduos sólidos, por meio de análises do que é gerado. No Aterro Ouro Verde, por exemplo, o material encaminhado pelos grandes geradores passa por um estudo. Especialistas que trabalham no aterro fazem uma pesquisa do lixo de cada empresa a fim de identificar as características do material e apontar soluções para que a empresa produza menos lixo e, consequentemente, polua menos o meio ambiente e ainda economize recursos financeiros e humanos.

Fonte: Alô Brasília

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