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EnfoqueMS: Crédito imobiliário terá novo formato e teto de R$ 2,25 milhões a partir de 2027

O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo modelo de crédito imobiliário que promete destravar o mercado e ampliar o acesso à casa própria a partir de 2027. A medida, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central, deve liberar cerca de R$ 111 bilhões em financiamentos no primeiro ano de vigência.

O novo sistema altera a forma como os bancos utilizam os recursos da poupança para conceder empréstimos habitacionais. Atualmente, 65% dos depósitos da poupança precisam ser destinados ao crédito imobiliário. Com as novas regras, esse percentual chegará gradualmente a 100%, sendo que 80% deverão obrigatoriamente financiar imóveis dentro do SFH (Sistema Financeiro da Habitação).

Além disso, o teto de valor dos imóveis financiados pelo SFH será reajustado de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões, permitindo o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para abater parte do valor, pagar parcelas ou quitar o financiamento.

Especialistas destacam impacto positivo, mas pedem cautela

Para o economista Ricardo Viana, diretor da Poupex, as mudanças “são acertadas, pois ampliam os estímulos ao financiamento imobiliário”. No entanto, ele pondera que o cenário de juros altos e menor captação da poupança ainda limita a expansão do crédito no curto prazo.

“Um avanço realmente consistente do financiamento imobiliário depende de juros reais mais baixos, condição que não deve se materializar em 2026”, afirma Viana, que recomenda cautela diante de expectativas excessivamente otimistas.

Segurança e estímulo à concorrência

O especialista em imóveis da Smart Leilões, Guaraci Nakamura, destaca que o crédito só tende a ficar mais acessível quando os bancos se sentem seguros para emprestar.
“Qualquer medida que aumente a competição entre instituições financeiras ou reduza a inadimplência contribui para a queda dos juros e torna o crédito mais acessível”, explicou.

Para ele, o novo teto de R$ 2,25 milhões no SFH deve beneficiar diretamente a classe média, ampliando o acesso a imóveis de médio e alto padrão com juros menores e possibilidade de uso do FGTS.

“Famílias com renda mais alta poderão comprar imóveis melhores dentro do SFH, o que deve aumentar a procura por imóveis de até R$ 2 milhões, especialmente nas regiões metropolitanas”, avaliou Nakamura.

Crédito deve movimentar a economia

Nakamura também pondera que o sucesso da medida dependerá da distribuição adequada do crédito. “Se for direcionado a famílias com renda estável e imóveis bem avaliados, o impacto será positivo — gerando empregos, movimentando a construção civil e impulsionando a economia de forma saudável”, disse.

O pacote inclui ainda a liberação parcial do depósito compulsório, o que deve injetar de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões adicionais no curto prazo. Outra mudança permite amortizações extras em contratos atrelados ao IPCA, para evitar aumentos bruscos nas parcelas em períodos de inflação elevada.

Efeito deve aparecer a médio prazo

Apesar da leitura positiva do mercado, economistas avaliam que os efeitos mais fortes do novo modelo devem surgir apenas a médio prazo, conforme a política monetária se torne mais favorável. Até lá, a recomendação é que os compradores acompanhem as mudanças e comparem as condições de financiamento entre os bancos.

“O cenário tende a ficar mais favorável em termos de oferta, mas as condições finais — como valor de entrada, prazos e seguros — continuarão variando conforme o perfil do cliente e a estratégia de cada instituição”, reforça Ricardo Viana.

Fonte: EnfoqueMS – https://www.enfoquems.com.br/credito-imobiliario-tera-novo-formato-e-teto-de-r-225-milhoes-a-partir-de-2027/

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